Coluna

Eleições 2020: a hora da escolha se aproxima

O dia está chegando, entramos na reta final da campanha eleitoral, no próximo domingo estaremos escolhendo pelo voto, os próximos gestores municipais. Mais uma vez, pela vontade democrática, saberemos quem serão os responsáveis pela administração das coisas públicas.

A nós eleitores cabe a escolha daqueles que consideramos serem os melhores nomes. E essa escolha deve pautar-se pelo mínimo rigor da responsabilidade social, pois afinal, não podemos depositar nossa confiança em qualquer um. 

Por isso cabe-nos uma análise dos nomes, dos seus respectivos históricos, de como vivem em sociedade, dos seus princípios, se há algo que o faz merecedor ou não do voto e isso é possível observar, basta ver se o candidato apresenta propostas claras e realizáveis, e não aquelas gerais, tipo “lutar pela educação e saúde” por exemplo. Precisamos saber o que se pretende de fato, o que é possível. Infelizmente, muitos candidatos, acredito, nem devem nem saber o que significa apresentar um projeto, tamanha a falta de conhecimento do próprio cargo que quer ocupar.

Outro ponto que merece destaque é que ninguém carrega uma estrela na testa, ou até mesmo uma marca divina de conduta, mas pela vida da pessoa, podemos, no mínimo, tentar direcionar o nosso voto para alguém que queira o bem da sociedade. Se seremos traídos ou não só o tempo dirá. Mas pelo menos tentamos fugir dos larápios de sempre. E olha que eles estão aí a todo vapor, utilizando-se das artimanhas da politicagem para tentarem a eleição. 

Temos que ter consciência que eleição é algo importante, sério e que está ligado diretamente ao modo que viveremos em sociedade. Pois o escolhido terá em mãos um cartão sem limite, mas que a conta será paga por nós; que o escolhido será o gestor dos nossos impostos e caberá a ele direcionar em que gastar, portanto, poderá ou não fazer bom uso; o escolhido criará as leis que nós deveremos cumprir; enfim, devemos ter a clareza que o escolhido será o gestor de muitas coisas que envolvem a nossa vida. Por isso não devemos e nem podemos vacilar. 

Para finalizar, deixo um pequeno texto de Bertold Brecht, que conclui com excelência a importância da qualidade da nossa escolha:

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo”. 
 

Comentários