Brasil

COP30 em Belém marca retorno histórico do Brasil à liderança climática global

Conferência reunirá líderes de 196 países para acelerar compromissos ambientais e revisar avanços desde a Eco92

No próximo dia 10 de novembro, representantes de países do mundo inteiro se reúnem em Belém (PA) para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). O encontro marca o retorno do evento ao Brasil, mais de três décadas após o país sediar a Eco92, no Rio de Janeiro, que deu origem às negociações climáticas internacionais.

A conferência deste ano ocorre em um cenário global desafiador, marcado por crises geopolíticas e pela urgência climática. Durante a última Assembleia Geral da ONU, o secretário-geral António Guterres reforçou a importância do diálogo multilateral. “Neste momento de crise, as Nações Unidas nunca foram tão essenciais”, afirmou.

Foto: Marcelo Camargo | ABR. 

A origem da Convenção do Clima

A história das COPs começou em 1992, quando foi lançada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). O tratado, firmado no Rio de Janeiro durante a Eco92, nasceu com o objetivo de promover cooperação internacional para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

A Convenção entrou em vigor após a adesão de 196 países e estabeleceu a realização de encontros anuais, as chamadas Conferências das Partes (COPs), para revisar políticas, definir novas metas e compartilhar experiências.

A primeira COP ocorreu em Berlim, em 1995, e, desde então, o acordo vem sendo aprimorado com novos mecanismos financeiros e compromissos diferenciados entre os países.

Avanços e principais marcos

Entre os acordos resultantes das conferências estão o Protocolo de Quioto (1997), o Acordo de Paris (2015), o Livro de Regras do Acordo de Paris (2021) e o Balanço Global (2023), este último apresentado na COP28, em Dubai.

Outros marcos importantes incluem o Fundo Verde para o Clima (2011), criado na COP17, em Durban, e a Powering Past Coal Alliance, lançada em Bonn (2017) para acelerar a transição energética.

Belém e o papel do Brasil

A escolha de Belém como sede da COP30 reforça o papel estratégico da Amazônia nas negociações climáticas. A região concentra a maior floresta tropical do planeta e desempenha papel crucial na regulação do clima global.

O governo brasileiro espera que a conferência sirva para consolidar compromissos de preservação e financiamento climático, além de impulsionar políticas de bioeconomia sustentável na região amazônica.

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