Coluna

DINHEIRO SUJO

Rio de Janeiro - Odeio filas. 

Em tempos de pandemia, então, pior.

Dias desses, tive que enfrentar uma fila nos Correios para retirar uns livros que chegaram de São Paulo.

A fila era enorme. Para passar o tempo, comprei um livro num sebo próximo a agência.

Normalmente, não compro livros de autores desconhecidos. A menos que seja indicado ou escrito por algum amigo. 

O nome do livro é “Dinheiro Sujo”, escrito por Lee Child. Confesso que não conhecia o autor. Confesso, também, que há anos não lia um thriller de ação tão bom quanto esse passado em Margrave, na Georgia, Estados Unidos.

O que me fez comprar o livro foi o texto escrito na contra capa por Stephen King, de quem sou fã.

Reprodução

“Todos os romances com Jack Reacher tem histórias interessantíssimas, mas, como este é o primeiro, o mais lógico é começar por ele...Dinheiro Sujo merece um prêmio por Melhor Cidade Corrupta do Sul dos Estados Unidos e Melhor Cena de Explosão num Armazém.”

Confesso que não vi nada de mais na cena da explosão do armazém, mas o romance em si é muito bom. Prende você do início ao fim. Li  o livro - com 472 páginas - em dois dias.

O autor ,Lee Child é britânico de Coventry, ele divide seu tempo entre o apartamento em Manhattan e sua casa de campo na França. Ao ser demitido, em 1995, aos 40 anos de idade, decidiu ser escritor: gastou seis dólares comprando lápis e papel e criou o bom de briga Jack Reacher, personagem de todos os seus romances que viraram bestsellers mundiais e sucesso no cinema. 

O início desse fascinante thriller é clássico: Seguindo a vaga lembrança do nome de um bluesman numa velha capa de disco, Jack Reacher salta de um ônibus no meio do nada, no início da manhã, e anda quilômetros, debaixo de chuva, por uma estrada deserta. 

Assim que chega à pequena cidade de Margrave, na Geórgia, ele é preso e jogado numa cela. Por ser o único turista na cidade, acaba sendo acusado do primeiro homicídio na localidade em trinta anos.

Mas Reacher não é um andarilho qualquer. Filho de militar, altamente capacitado física e tecnicamente para o combate, ele chegou até a ser um agente dos mais durões, treinado para pensar rápido e agir com precisão. 

Enquanto os segredos sórdidos de uma conspiração implacável começa a vazar e a contagem de corpos só aumenta, fica claro que Jack Reacher não era o sujeito que a polícia local estava procurando.

Envolvente, dinâmico, ousado e com uma comovente história de amor e amizade, “Dinheiro Sujo” vai prender sua atenção, como prendeu a minha. Vale a pena ler.

Oba! Chegou a minha vez…

Ediel Ribeiro (RJ)

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Ediel Ribeiro é carioca. Jornalista, cartunista e escritor. Co-autor (junto com Sheila Ferreira) do romance "Sonhos são Azuis". É colunista dos jornais O Dia (RJ) e O Folha de Minas (MG). Autor da tira de humor ácido "Patty & Fatty" publicadas nos jornais "Expresso" (RJ) e "O Municipal" (RJ) e Editor dos jornais de humor "Cartoon" e "Hic!". O autor mora atualmente no Rio de Janeiro, entre um bar e outro.

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