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Mineirão: 60 anos de histórias, gols e emoção

mineirão da pampulha
Antigo Mineirão / Acervo do Museu Histórico Abilio Barreto. 

Belo Horizonte (MG) – Se as arquibancadas do Mineirão falassem, contariam seis décadas de sonhos, paixões e glórias que atravessaram gerações. Hoje, 5 de setembro de 2025, o “Gigante da Pampulha” completa 60 anos, e cada tijolo, cada curva, cada assento guarda lembranças que ainda ecoam nos corações dos torcedores.

A história começou em 1965, com a Seleção Mineira vencendo o River Plate por 1 a 0, gol de Buglê. Dois dias depois, a Seleção Brasileira, formada por jogadores do Palmeiras, goleou o Uruguai por 3 a 0, e assim o Mineirão se firmava como palco de emoções inesquecíveis. Desde então, o estádio tem testemunhado clássicos que fazem o coração acelerar, rivalidades que desafiam o tempo e conquistas que se eternizam.

Ídolos atravessaram seu gramado e deixaram marcas indeléveis: Reinaldo, Tostão, Dirceu Lopes e Nelinho, recordista com 348 partidas, escreveram suas histórias na alma do Mineirão. O Cruzeiro viveu noites mágicas, como a vitória por 6 a 2 sobre o Santos de Pelé, e o título da Copa do Brasil em 2018. O Atlético-MG também gravou seu nome na história, com a Libertadores de 2013 e a Copa do Brasil de 2014. É também cenário de recordes de público, como os 131 mil torcedores que acompanharam Atlético-MG e Flamengo em 1980, prova de que ali a paixão pelo futebol não conhece limites. Cada gol, cada defesa, cada drible virou memória coletiva.

E como esquecer os momentos amargos? A derrota de 7 a 1 para a Alemanha, na Copa do Mundo de 2014, ainda ecoa nas lembranças, lembrando que o Mineirão também conhece o drama e a tensão do futebol. Mas também viu o triunfo, a festa da Copa das Confederações de 2013 e a vibração dos Jogos Olímpicos de 2016, provando que a paixão jamais se apaga.

Em 2013, o Gigante da Pampulha se reinventou, modernizando suas estruturas sem perder a alma que pulsa em cada canto. Hoje, com capacidade para 59 mil torcedores, continua a bater no peito do futebol mineiro, ponto de encontro de torcidas, famílias e sonhos que se misturam no ar.

Divulgação. 

O Mineirão não é apenas concreto e arquibancadas. É memória viva, emoção que se sente no peito e cultura que se compartilha. Recebeu vestibulares, shows internacionais e grandes eventos, provando que sua grandeza vai além das quatro linhas. Seis décadas depois, respira ainda mais intenso, pronto para o próximo grito de gol, o abraço coletivo, a festa que faz o futebol brasileiro pulsar.

Se o Mineirão pudesse falar e escolher seu presente de 60 anos, pediria o fim da violência no futebol. Sonharia em ver suas arquibancadas novamente cheias, com torcidas cantando, vibrando e apoiando os clubes do coração, mantendo a rivalidade apenas dentro das quatro linhas. Que o estádio fosse palco de emoção e alegria, sem medo, celebrando o futebol em sua forma mais pura: intenso, vibrante e seguro para todos.

Porque no Mineirão, não se joga apenas futebol: vive-se futebol, respira-se emoção e celebra-se a história.

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