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O PALMEIRAS E A VERDADEIRA HISTÓRIA DA CANINHA 51

São Paulo - A Caninha 51 foi criada no ano de 1959, na cidade de Pirassununga, pelo teuto-brasileiro Guilherme Müller.

A história oficial, registrada nos rótulos da marca, é que o número 51 é "o número dos melhores tonéis de cachaça produzidos em Pirassununga", no entanto, era comum na época que as cachaças do interior paulista fossem numeradas de forma aleatória.

Antes de Müller, existia em Pirassununga uma outra Cachaça 51, produzida e envasada pela empresa Tabôas & Cia, criada por Enrique Zoéga Táboas, cujo nome era referência ao número de telefone da fábrica, mas não há qualquer referência de que Müller tenha comprado este nome ao fundar sua própria empresa anos depois.

Divulgação - 

Nos últimos anos, a torcida do Palmeiras tem divulgado a história de que a Caninha 51 foi criada em homenagem ao título da Copa Rio de 1951. Uma fake news. A cachaça foi criada anos depois e, na época, nem os próprios palmeirenses se diziam “campeões mundiais”.

A “estória” do título mundial do Palmeiras surgiu recentemente de uma jogada política da CBF.

Existiu, de fato, uma cachaça chamada Palmeiras 51, mas em outra cidade, Santa Cruz das Palmeiras, interior do estado de São Paulo, e não em Pirassununga.

Os pesquisadores acreditam que a Palmeiras 1951 fazia uma referência à cidade, e não ao time, e, embora usasse o mesmo P da tipologia do Palmeiras.

A Palmeiras 51 foi criada provavelmente usando o 51 para pegar carona no nome da cachaça mais famosa da região.

Ediel Ribeiro (RJ)

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Ediel Ribeiro é carioca. Jornalista, cartunista e escritor. Co-autor (junto com Sheila Ferreira) do romance "Sonhos são Azuis". É colunista dos jornais O Dia (RJ) e O Folha de Minas (MG). Autor da tira de humor ácido "Patty & Fatty" publicadas nos jornais "Expresso" (RJ) e "O Municipal" (RJ) e Editor dos jornais de humor "Cartoon" e "Hic!". O autor mora atualmente no Rio de Janeiro, entre um bar e outro.

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