Cidades

Minas ganha centro de referência de manejo de animais domésticos

Espaço tem o objetivo de capacitar gestores públicos municipais e incentivar boas práticas

Divulgação / Semad

Um acordo assinado nessa quarta-feira (9/9), com apoio direto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), dará mais um passo na política de gestão da fauna doméstica. O documento viabilizará a estruturação, o funcionamento e o desenvolvimento de projetos no Centro de Referência e Capacitação em Acolhimento, Abrigamento Temporário da Fauna Doméstica da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A nova unidade não tem o objetivo de receber animais abandonados, mas de promover a capacitação de gestores públicos municipais sobre as melhores técnicas de manejo de animais domésticos que estejam nesta situação, adoção responsável e abrigamento temporário, além de incentivar boas práticas nos cuidados com os animais nos municípios mineiros.

O projeto é fundamental para compor a política estadual de gestão da fauna doméstica, atribuição recém assumida pela pasta ambiental mineira.

Cuidados
A ideia é que o novo espaço, que hoje tem cerca de 80 animais abrigados temporariamente, seja um ponto de partida para disseminar a cultura de prezar pelo cuidado com os animais domésticos e incentivar a guarda responsável. Entre os resultados esperados está reduzir, gradativamente, a quantidade de animais em situação de abandono em Minas Gerais.

Os cursos que serão ministrados no novo centro serão voltados a gestores municipais e entidades da sociedade civil organizada. O conteúdo mostrará melhores procedimentos para situações de abandono com o objetivo de que centros de abrigamento ou canis municipais possam se adequar aos padrões de manejo considerado adequados.

Segundo o secretário Germano Vieira, desenvolver políticas públicas que vão trazer ganhos para os animais que são alvo de maus tratos e para as pessoas é fruto de um trabalho conjunto. “Nós queremos que o sentimento de preocupação e de cuidado com fauna doméstica se reflita em protocolos que possam ser a base para uma capacitação de autoridades locais e gestores que virão aqui para entender a complexidade desse problema. E aí eles poderão replicar esse modelo em diversas outras regiões do estado”, avaliou.

Conselho
O acordo prevê, também, a criação de um conselho consultivo e a busca por outros parceiros que possam aumentar a quantidade de recursos para manutenção da política pública.

Com a parceria, a ideia é atender diretamente 20 prefeituras, com capacitações e multiplicação de ações que tendem a impactar cerca de 4 mil animais em 3 anos.

Gestora do espaço, a médica-veterinária Flávia Campos Ferreira destaca que o objetivo é fazer o público entender que o manejo dos animais abandonados vai muito além do abrigamento. "A gente precisa agir visando o bem-estar e a saúde dentro de critérios técnicos. Isso a gente não vê acontecer com frequência e precisamos mudar”, diz a veterinária.

Outras informações sobre os investimentos e detalhes da parceria podem ser consultadas em www.meioambiente.mg.gov.br.

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