Brasil

STF abre prazo para alegações finais no processo do Núcleo 4 da trama golpista

Acusados são apontados pela PGR como responsáveis por espalhar desinformação sobre eleições de 2022

Marcello Casal Jr/ABR - 

Brasília - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (18) a abertura de prazo para apresentação das alegações finais dos réus investigados no chamado Núcleo 4 da trama golpista, que teria atuado para sustentar o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder mesmo após a derrota eleitoral em outubro de 2022.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os integrantes desse núcleo se dedicaram a organizar ações de desinformação com foco em questionar a lisura do processo eleitoral e lançar ataques virtuais contra autoridades e instituições da República.

Com a decisão, a PGR tem agora quinze dias para apresentar suas manifestações finais, defendendo a condenação dos acusados. Após esse prazo, as defesas terão o mesmo período para protocolar seus argumentos. Concluída essa fase, caberá ao Supremo definir a data do julgamento.

Quem são os acusados

Entre os réus listados estão militares da reserva e agentes de segurança, além de dirigentes de instituto ligado ao debate político:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva do Exército

  • Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército

  • Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército

  • Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército

  • Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército

  • Marcelo Araújo Bormevet, policial federal

  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal

O STF divide o processo da trama golpista em núcleos distintos, de acordo com a função de cada grupo na tentativa de ruptura institucional investigada. O Núcleo 4 está diretamente relacionado à disseminação de desinformação nas redes sociais, considerada pela PGR um dos pilares para dar sustentação ao movimento golpista.

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