Rio de Janeiro – A notícia da greve de fome de Bolsonaro teve o apoio de toda a comunidade carcerária. “Enfim, alguém dá nossa politica para lutar pelos nossos direitos", disse um líder do PCC”.
Bolsonaro, que comia pizza na calçada em Nova York e frango com farofa nas motociatas, anda reclamando que a comida da prisão é de baixa qualidade, insuficiente e até imprópria para consumo. Por causa de problemas de saúde, como gastrite, esofagite, obstrução intestinal e diabetes, o ex-presidente tem se recusado a comer. Além de reclamações sobre falta de nutrientes e higiene, Bolsonaro relatou casos de alimentos estragados ou com a presença de insetos.
Entretanto, segundo eu apurei, consultando uma fonte confiável, que comprei por 30 reais. A motivação da greve de fome é outra, na verdade: Bolsonaro não come a comida do sistema penitenciário por medo de ser envenenado.
Renan, o filho mais inteligente de Bolsonaro, tentou acalmá-lo:
- Para com isso, paê! Ninguém vai te envenenar dentro da cadeia.
- Não!? Você está enganado nisso daê, taokei. Os golpistas queriam envenenar o Lula, que é o presidente do país, imagina eu que sou só um presidiário!
- Talquei! Vou falar com a Michelle para trazer sua comida - disse, Renan.
- Michelle!!?? Melhor, não. Pede pro iFood.
Mas, acreditem, a comida não é o único problema enfrentado por Bolsonaro no sistema penitenciário.
- Renan, você acredita que por causa daqueles idiotas do PL eu não vou ter direito a visita íntima nem a saidinha de Natal? - resmungou Bolsonaro. - Dá pra acreditar nisso daê? Logo na minha vez!!! Será que Michelle vai me esperar por 27 anos?
- Paê, o senhor não vai ficar todo esse tempo preso - respondeu o Zero 5, com um sorriso irônico. O senhor pode conseguir a redução do tempo de prisão em troca da leitura de livros. A remição pela leitura é de 4 dias de pena a menos para cada livro lido.
- Tá loco com isso dãe!? Eu nunca li um livro na vida! Odeio ler! Quando eu era pobre, pegava o ônibus pela cor, pra não ter que ler o itinerário. Não dá pra diminuir a pena dormindo?
- Paê, Lula também não gostava de ler, mas na cadeia, em Curitiba, leu em média dois livros por mês. Ao fim de 580 dias de cárcere, foram mais 40 obras. Das biografias de Tiradentes, Fidel Castro, Mandela, Prestes, Chávez, Putin, Marighella a obras como ‘O Amor nos Tempos do Cólera’, do Gabriel García Márquez; ‘A Elite do Atraso’, de Jessé Souza; ‘A Fome’, de Martín Caparrós; ‘O Petróleo’, de Daniel Yergin; ‘Sapiens’, de Yuval Harari; ‘Escravidão’, de Laurentino Gomes; ‘O Voto do Brasileiro’, de Alberto Carlos Almeida e ‘Um Defeito de Cor’, de Ana Maria Gonçalves”, entre outros”, concluiu Zero 5.
- Odeio ler e odeio quem lê. Por mim, queimava todos os livros como fizeram na Alemanha Nazista e nas ditaduras militares no Chile e Argentina, na segunda metade do século XX. Pior, acabava com todas as escolas e as universidades do país. São antros de comunistas e maconheiros. Só deixava as escolas militares, para as crianças aprenderem a bater continência e pintar meio-fio.
Renan, insistiu:
- Olha, paê! Trouxe um livro para o senhor. É um caça-palavras.
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