Brasil

Moraes autoriza visitas dos filhos a Bolsonaro na sede da PF em Brasília

Cada visita terá limite de trinta minutos; ex-presidente está preso preventivamente desde sábado (22)

Foto: Tânia Rêgo | ABR. 

Brasília – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que os três filhos homens do ex-presidente Jair Bolsonaro realizem visitas na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, onde o pai está preso preventivamente desde sábado (22).

A decisão, publicada neste domingo (23), estabelece que Carlos Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Renan Bolsonaro entrem separadamente e permaneçam por, no máximo, trinta minutos com o ex-presidente.

Carlos e Flávio poderão visitar o pai na terça-feira (25), das 9h às 11h. Renan está autorizado para quinta-feira (27), no mesmo horário. Moraes manteve liberadas as visitas dos advogados e da equipe médica.

O ministro também determinou que, diante de qualquer intercorrência de saúde, a PF aja imediatamente e acione o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) — apontado por Moraes como o protocolo mais rápido e seguro.

Neste domingo (23), Bolsonaro recebeu a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Motivos da prisão preventiva

Bolsonaro teve a prisão preventiva decretada após, segundo a Polícia Federal, tentar violar a tornozeleira eletrônica que utilizava desde agosto. O episódio ocorreu na madrugada de sexta-feira (21), quando o dispositivo emitiu alertas após ter sido atingido por uma ferramenta de solda.

A decisão de Moraes também considerou a vigília convocada por Flávio Bolsonaro em frente à residência onde o pai cumpria prisão domiciliar, o que, segundo o ministro, poderia gerar tumulto e facilitar uma eventual tentativa de fuga.

A defesa afirma que Bolsonaro passou por um quadro de confusão mental provocado por interação de medicamentos e que não houve intenção de fuga. Os advogados dizem ainda que o ex-presidente colaborou com a troca da tornozeleira.

Condenação na trama golpista

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista que investigou a tentativa de ruptura institucional após as eleições de 2022.

Na semana passada, a Primeira Turma do STF rejeitou os embargos de declaração apresentados por Bolsonaro e outros seis condenados. Com isso, permanece válida a pena imposta em setembro, e a execução pode ser iniciada nas próximas semanas, dependendo do andamento dos próximos recursos.

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