Economia

Inflação registra queda em agosto e custo de vida das famílias fica mais leve, aponta IBGE

Prévia do IPCA-15 teve deflação de 0,14%, influenciada por conta de luz, alimentos e gasolina mais baratos.

Foto: Joédson Alves/ABR. 

Belo Horizonte - A prévia da inflação em agosto registrou queda de 0,14%, segundo o IBGE. O resultado é o menor desde setembro de 2022 (-0,37%) e marca a primeira deflação desde julho de 2023 (-0,07%). Em julho, o índice havia avançado 0,33%.

Com isso, o IPCA-15 acumulado em 12 meses caiu de 5,30% para 4,95%, aproximando-se do teto da meta do governo, que é de 4,5%.

O resultado reflete principalmente três fatores:

  • • Energia elétrica residencial (-4,93%): a redução foi impulsionada pelo Bônus de Itaipu, que beneficiou 80,8 milhões de consumidores, compensando a bandeira tarifária vermelha 2.

  • • Alimentos e bebidas (-0,53%): terceiro mês seguido de queda nos preços, com destaque para manga (-20,99%), batata (-18,77%), cebola (-13,83%), tomate (-7,71%) e arroz (-3,12%).

  • • Transportes (-0,47%): gasolina caiu 1,14%, enquanto passagens aéreas e automóveis novos recuaram 2,59% e 1,32%, respectivamente. O conjunto de combustíveis teve queda média de 1,18%, incluindo óleo diesel, etanol e gás veicular.

Entre os grupos que registraram aumento estão despesas pessoais (1,09%), saúde e cuidados pessoais (0,64%) e educação (0,78%).

O IPCA-15 é considerado a prévia da inflação oficial e segue metodologia similar ao IPCA, usado pelo Banco Central na política de metas. A principal diferença é o período de coleta: no IPCA-15, os preços são registrados antes do fim do mês. A divulgação do IPCA oficial de agosto está prevista para 10 de setembro.

O índice leva em conta os preços de 377 produtos e serviços em famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, em 11 regiões metropolitanas do país.

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