Brasil

Defesa de Bolsonaro reforça pedido de cirurgia e prisão domiciliar

Advogados alegam urgência médica após exame confirmar hérnia inguinal

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom | ABR 

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a solicitar nesta segunda-feira (15) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que ele deixe a prisão e realize uma cirurgia considerada urgente por seus médicos, além de pedir a conversão da pena em prisão domiciliar.

Bolsonaro está preso desde 22 de novembro, em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. Ele cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão após condenação definitiva na ação penal que apurou a tentativa de golpe de Estado.

O novo pedido foi protocolado um dia após o ex-presidente passar por um exame de ultrassom, realizado com equipamento portátil e autorizado por Moraes. O laudo confirmou o diagnóstico de hérnia inguinal.

Segundo os advogados, o médico responsável pelo acompanhamento clínico, Claudio Birolini, elaborou um novo relatório no qual reforça a necessidade de intervenção cirúrgica.

“De forma expressa e fundamentada, reitera a necessidade de realização do procedimento cirúrgico de herniorrafia inguinal bilateral, em regime de internação hospitalar, sob anestesia geral, com tempo estimado de permanência entre cinco e sete dias”, afirmaram os defensores na petição enviada ao STF.

A defesa sustenta que o quadro de saúde do ex-presidente se agravou e que o ambiente prisional não oferece condições adequadas para o tratamento. Por isso, além da autorização para a cirurgia, os advogados voltam a pedir que Bolsonaro passe a cumprir prisão domiciliar, ao menos durante o período de recuperação.

Na semana passada, Moraes determinou que Bolsonaro seja submetido a uma perícia médica oficial, a ser realizada pela própria Polícia Federal, no prazo de até 15 dias. Ao tomar a decisão, o ministro argumentou que os exames apresentados inicialmente pela defesa eram antigos e que seria necessário um parecer técnico atualizado antes de qualquer deliberação.

Até o momento, não há data definida para que o ministro analise os pedidos de forma definitiva.

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