Cidades

Estatuto da Metrópole é tema de debate público na ALMG

Evento nesta segunda-feira (27) pretende discutir mudanças na legislação que afetam gestão das regiões metropolitanas

Debater os impactos em Minas Gerais da entrada em vigor da Lei Federal 13.089, de 2015, que institui o Estatuto da Metrópole. Esse é o objetivo do debate público que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), por meio da Comissão de Participação Popular, realiza nesta segunda-feira (27/4/15) no Auditório, a partir das 14 horas, atendendo a requerimento do deputado Fred Costa (PEN). O debate “Estatuto da Metrópole e Minas Gerais: Novidades e Perspectivas” pretende discutir as mudanças na legislação que afetam a gestão das regiões metropolitanas mineiras.

"A discussão será de extrema importância, pois conhecer o Estatuto é fundamental para a formulação de políticas urbanas. Afinal, mobilidade urbana, abastecimento de água, limpeza urbana e uma série de outras funções públicas de interesse comum podem ser planejadas e geridas em escala transmunicipal", explica Fred Costa.

O Estatuto da Metrópole, sancionado em janeiro após dez anos de tramitação no Congresso, estabelece diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução das funções públicas de interesse comum em regiões metropolitanas, funções que são inviáveis para que um município realize sozinho ou que cause impacto em municípios vizinhos. O objetivo é potencializar a integração de ações entre os municípios por meio da chamada governança interfederativa, ou seja, o compartilhamento de responsabilidades entre os entes da federação.

Para isso, são previstos vários instrumentos para esta gestão compartilhada e critérios para o apoio da União visando ao desenvolvimento urbano, a começar pela elaboração de planos de desenvolvimento urbano integrado, consórcios públicos, convênios de cooperação, parcerias público-privadas interfederativas e a possibilidade de compensação por serviços ambientais, entre outros. Na prática, o Estatuto da Metrópole complementa o Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257, de 2001).

Segundo definição do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (Cau/BR), metrópole é o espaço urbano com continuidade territorial que, em razão de sua população e relevância política e socioeconômica, tem influência nacional ou sobre uma região. As primeiras nove regiões metropolitanas do País – São Paulo, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Salvador – foram definidas ainda no Governo Militar. A Constituição de 1988 atribuiu aos estados a competência para criação de regiões metropolitanas.

Atualmente, estão definidas 60 regiões metropolitanas – duas delas em Minas, no entorno da capital e no Vale do Aço. Essas áreas abrigam mais de 100 milhões de brasileiros e muitas vezes enfrentam lacunas legais.

Convidados

Foram convidados para o debate público o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, o deputado licenciado Luiz Tadeu Martins Leite (PMDB); o presidente da Associação de Municípios pelo Desenvolvimento Integrado (Amdi) e prefeito de Santana do Paraíso (Vale do Aço), Antônio Afonso Duarte; o presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel) e prefeito de Vespasiano (RMBH), Carlos Moura Murta; e a vice-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB)/Departamento de Minas Gerais, vice-presidente do Sindicato dos Arquitetos de Minas Gerais (Sinarq) e integrante da Frente Mineira de Cidadania Metropolitana, Maria Auxiliadora Afonso Alvarenga.

Também foram convidados o diretor de Inovação e Logística da Agência da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), Thiago de Pádua Batista Machado; o chefe de gabinete da Agência de Desenvolvimento da RMBH, Gustavo Batista de Medeiros; o coordenador do Projeto Macrozoneamento da RMBH, Roberto Luís de Melo Monte-Mór; e, finalmente, o arquiteto e urbanista José Abílio Belo Pereira.

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