Haddad diz que tarifaço dos EUA afeta 4% das exportações brasileiras, mas metade tem saída alternativa
Ministro destaca que parte dos produtos impactados são commodities e critica medida como “injusta” e “indevida”

Brasília - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (5) que o tarifaço anunciado pelos Estados Unidos afetará 4% das exportações brasileiras destinadas ao país norte-americano, mas que metade desse volume já tem um “destino alternativo” por se tratar de commodities com preço internacional. A declaração foi feita durante a 5ª reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável.
“Dos 4%, mais de 2% terão, naturalmente, outra destinação. São commodities que vão encontrar seu destino no curto ou médio prazo”, disse.
Apesar de minimizar o impacto geral, Haddad reconheceu que o restante das exportações pode prejudicar setores vulneráveis da economia, como a fruticultura, que gera muitos empregos e depende de atenção especial do governo. “Estamos atentos. Não é porque 1,5% das exportações serão afetadas que vamos baixar a guarda”, afirmou.
Haddad classificou a medida norte-americana como “uma agressão injusta e indevida” e prometeu que o governo atuará para proteger os produtores brasileiros afetados. “Vamos socorrer essas famílias prejudicadas com uma agressão que já foi chamada de injusta, de indevida, e de não condizente com os 200 anos de relação fraterna que nos ligam ao povo dos Estados Unidos”, declarou.
O ministro também aproveitou a ocasião para destacar o que chamou de “boas notícias” na economia brasileira, como a saída do país do Mapa da Fome, a queda no desemprego e na inflação, o aumento da renda e o avanço dos investimentos em infraestrutura.
Segundo ele, o cenário atual inspira otimismo. “Temos que olhar para tudo isso com otimismo, até porque sem otimismo eu não aconselho alguém a assumir o Ministério da Fazenda do Brasil”, disse.
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