Economia

Conta de luz ficará mais cara em agosto com bandeira vermelha patamar 2

Decisão da Aneel ocorre após chuvas abaixo da média e acionamento de usinas termelétricas

Marcelo Camargo/ABR - 

Belo Horizonte - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (25), que as contas de luz terão bandeira tarifária vermelha patamar 2 em agosto, o nível mais alto do sistema de bandeiras tarifárias. A medida implica um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos pelos consumidores.

A decisão foi motivada pelo cenário de chuvas abaixo da média, que reduziu a geração de energia nas hidrelétricas e exigiu o acionamento de usinas termelétricas, mais caras e poluentes.

“O cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração por meio de hidrelétricas. Esse quadro eleva os custos de geração de energia”, explicou a Aneel em nota.

Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária estava no nível verde, sem cobrança adicional, por conta das boas condições de geração. No entanto, com a chegada do período seco e a baixa nos níveis dos reservatórios, a agência já havia adotado a bandeira amarela em maio e vermelha patamar 1 em junho e julho.

Impactos e recomendações

Com a mudança para o patamar 2, a Aneel reforçou o apelo para o uso consciente da energia elétrica.

“A economia de energia contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico”, destacou a agência reguladora.

Entenda as bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar ao consumidor o custo real da geração de energia no país. Funciona da seguinte forma:

  •  Bandeira verde: sem cobrança adicional

  •  Bandeira amarela: acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh

  •  Bandeira vermelha patamar 1: R$ 4,463 a cada 100 kWh

  •  Bandeira vermelha patamar 2: R$ 7,877 a cada 100 kWh

As bandeiras refletem os custos de operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), responsável por abastecer residências, comércios e indústrias em todo o Brasil.

Comentários